Quando chegá-mos à casa do Enzo, ele levou-me até à sala para poder-mos conversar.
-Tens a certeza que me queres contar?-Perguntou ele.
-Sim.-Disse eu.
-Quando quiseres podes começar.-Disse ele.
-Primeiro queria-te te dizer só que estou contente por me teres protegido mas, por outro lado, não gostei da tua atitude, de partires logo para a agressão.-Disse eu.
-Eu sei que não o devia ter feito mas eu percebi que era o que ele precisava para ver se deixava de bater às raparigas. Mas desculpa a minha atitude.-Disse ele.
-Sim ele estava mesmo a pedi-las. Agora vem a outra parte.-Disse eu respirando fundo.
-Tudo aconteceu à mais de 1 ano....-Fiz uma pausa.-Eu e ele namorávamos à 5 meses quando o primeiro estalo aconteceu-O Enzo estava bastante atento.-Eu não esperava aquilo vindo dele e, por isso, não reagi e pouco discutimos sobre isso. Passado mais ou menos 1 mês isso voltou-se a repetir, dessa vez eu tentei reagir mas foi pior porque ele ainda me bateu mais. Dessa vez ele pediu-me desculpa pelo que aconteceu e como eu gostava tanto dele perdoei. O pior aconteceu passado 2 meses...-As lágrimas começaram a correr-me pela cara assim que comecei a lembrar-me de tudo. O Enzo segurou na minha mão fazendo-lhe uma festa com o polegar e limpando-me as lágrimas que teimavam cair.-Passado 2 meses tivemos uma grande discussão em minha casa e ele bateu-me até eu não me conseguir quase mexer, depois saiu de casa e deixou-me lá naquele estado. Só quando a minha irmã chegou a casa é que me levou ao hospital, tinha desde hematomas a costelas partidas. Depois afastei-me dele e acabá-mos, eu mudei de escola, mudei de número de telemóvel, ele continuou a seguir-me até ao dia em que o deixou de fazer talvez porque arranjou outra vítima. Hoje tudo podia ter voltado a acontecer se não estivesses lá, eu tinha prometido a mim mesma que se voltasse a acontecer iria reagir e nunca deixaria que isto voltasse a acontecer mas hoje isso não aconteceu, eu sou e sempre serei fraca.
Assim que acabei de falar as lágrimas tinham voltado a cair, o Enzo olhava para mim mas nada dizia e mais uma vez limpou-me as lágrimas. Chegou-se mais perto de mim e deu-me um abraço, abraço esse que valeu mais que mil palavras. Mas depois de algum tempo assim abraçados, ele acabou por falar, continuando abraçado a mim e falando-me ao ouvido.
-Não mereces-te nada do que te aconteceu. A única coisa que te posso dizer neste momento é que eu não vou deixar que isso volte a acontecer, seja como amigo ou mesmo que a nossa relação avance,vou estar sempre ao teu lado.-Disse ele. Aquelas palavras dele arrepiaram-me por me parecerem tão sinceras.
Ele afastou-se um pouco mas, enquanto me olhava nos olhos, voltou-se a aproximar para juntar os nossos lábios num beijo rápido e carinhoso.
Passá-mos resto da tarde naquele sofá a ver um filme, enroscados um no outro e eu ia recebendo alguns beijos ou no meu ombro ou nas minhas mãos, mas sem pensarmos o que se estava a passar entre nós, nem se o que sentíamos era apenas amizade ou algo mais. Sentia-me tão bem ao lado dele, sentia-me protegida, sentia-me como nunca me tinha sentido,sentia-me feliz como há muito não me sentia. O filme acabou e eu voltei a endireitar-me no sofá.
-Estás melhor?-Perguntou o Enzo.-Sim, muito melhor. Obrigada pelo teu carinho, soube tão bem ter passado aqui a tarde junto a ti.-Disse eu.
-Não tens agradecer. Tudo o que faço é porque gosto de ti e porque te quero ver mais feliz.-Decidi não perguntar o significado daquele gostar porque só queria passar o dia sem preocupações e sem pensar em muita coisa. A seu tempo isso acabaria por ser esclarecido.
-Bem, agora é melhor ir. Senão a minha mãe daqui a nada começa a ligar-me.-Disse eu.
-Ok. Eu levo-te a casa.-Disse ele.
Ele levou-me a casa. Ainda vi a minha irmã a entrar para o carro do Gaitán para irem jantar fora.
-Então quando é que te vejo agora?-Perguntou o Enzo, depois de estacionar e de sair-mos do carro.
-Amanhã tenho só tenho aulas de manhã e na sexta não tenho aulas.-Disse eu.
-Então até amanhã!-Disse ele.
-Até amanhã! Seja o que for que isso signifique.-Disse eu. Dei-lhe um beijo na cara e um abraço.
Assim que entrei em casa, a minha mãe e o meu pai já estavam à minha espera para jantar. Larguei as minhas coisas e fui jantar. Assim que acabei de jantar fui para o meu quarto e entreti-me a fazer alguns trabalhos mas por volta da 00:00 quando me preparava para deitar recebo uma mensagem.
Os momentos maus devem ser esquecidos e os momentos bons repetidos.
ENZO
Deitei-me na minha cama a ler a mensagem e pensar na tarde que tinha tido com ele hoje. Nunca me tinha sentido tão bem ao lado de alguém e o toque, o beijo e o olhar dele são mágicos. Estava a pensar em tudo isto, quando entra a minha irmã pelo meu quarto a dentro.
-Booaaa Noite mana!!!-Disse ela, fechando a porta.
-Boa Noite! Vens muito bem disposta!-Disse eu.
-E tu também estás aí com um sorriso enorme agarrada ao telemóvel.-Disse ela.
-Vê.-Disse eu, dando-lhe o meu telemóvel.
-Ui. Que momentos bons são estes?-Perguntou ela.
-Não sei. Mas para mim é a tarde de hoje, passei a tarde a ver um filme com ele e a ser mimada.-Disse eu.
-Houve avanços?-Perguntou ela.
-Só um beijo.-Disse eu, a sorrir.
-Agora conta-me lá essa noite com o Gaitán!-Disse eu.
-Então fomos jantar...depois fomos até casa dele e depois eu e ele acabámos por nos envolver e não queres que eu conte pormenores pois não?-Disse ela a rir-se.
-Não, dispenso. -Disse eu.
-E escusa de perguntar, foi só uma coisa de uma noite, sem importância.-Disse ela.
-Para ti ou para ele?-Perguntei eu.
-Para os dois.-Respondeu ela.
-Estou para ver isso.-Disse eu.
A minha irmã foi para o quarto dela e eu deitei-me para tentar adormecer. Tentar, sim porque cada vez que fechava os olhos vinha-me à cabeça o beijo. Passado algumas horas consegui adormecer.
No dia seguinte....
Acordei às 9h, vesti-me e fui para as aulas. Só tinha apenas uma aula e saí ao 13h. Vinha a sair da faculdade quando um carro buzina, olho para o lado e vejo o carro do Enzo. Fui ter com ele, enquanto que a minha irmã ficou à minha espera.
-Por aqui?-Perguntei eu.
-Sim. Vim buscar-vos para ir-mos almoçar.-Disse ele.
-A mim e à minha irmã?-Perguntei eu.
-Sim. Mas o Gaitán também vai.-Disse ele.
-Ok eu vou chamá-la. Vamos lá ver como é que corre, ainda fogem quando se virem.-Disse eu.
-Porque?-Perguntou ele.
-Efeitos de ontem à noite.-Disse eu.
-Anda. Vamos almoçar fora mais o Gaitán.-Disse eu, assim que cheguei ao pé da minha irmã.
-Ai eu não vou.-Disse ela.
-Porque? Não dizes que não teve importância o que aconteceu? Então não há problema em estarem no mesmo espaço.
-Ok! Vamos.-Disse ela, ainda com um ar de pouca vontade.
Entrámos dentro do carro do Enzo e fomos até ao restaurante onde já estava o Gaitán à nossa espera.
Olá!!! Adorei!!!
ResponderEliminarSó possodizer isto - próximooooooooooo rápidinhoooooooooooooooo :)
bj
Olá.
ResponderEliminarPobre Sofia :(
Mas o Enzo foi um querido :)
E o que foi aquilo do Nico e da Catarina ?
Há que desenvolver :p
Beijinhos
Daniela^^
Olá!
ResponderEliminarAdorei *-*
A tua fic está a ficar viciante !
Próximo rápido (;